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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Entrevista com Luis Felipe



Fala ai galera nerd, tudo bom com vocês? Pessoal essa semana nós tivemos a honra de entrevista o Luís Felipe, que faz parte da equipe do diário do Grande ABC, ele é editor do caderno do Diarinho e do D+, a entrevista desta vez foi focada na cultura jovem, sem mais delongas, vamos lá!

P: Felipe Conte um pouco para a gente o que você faz no Diário do Grande ABC e como surgiu o seu projeto com o Diarinho?
R: Sou repórter do Diário do Grande ABC desde 2008 e acabei efetivado do trabalho de estagiário que realizada no jornal. Trabalhei no caderno Cultura e Lazer até fevereiro de 2015, quando passei a fazer parte da equipe de Suplementos como editor do Diarinho (caderno infantil especial que é publicado aos domigos para crianças de 4 a 13 anos) e do D+ (página adolescente especial publicada aos domingos para jovens de 14 a 19 anos). É preciso pensar em pautas para as edições, encontrar os personagens certos, conversar com especialistas variados sobre as matérias e elaborar divertimentos.

P: O que você espera quando um jovem abre o Diarinho e lê a sua matéria?
R: Talvez o principal desafio de se escrever para o Diarinho seja o fato de lidarmos com leitores muito pequenos. Acaba havendo uma preocupação sobre a formação desses leitores, seja para aprenderem algo sobre assuntos variados e para tentar chamar a atenção para a importância da leitura. Lógico que queremos passar mais informações possíveis para eles, mas não podemos deixar de lado o tom divertido dos textos. Tudo tem que ser muito 'legal' sempre. Espero ensinar sem que eles percebam que estão realmente aprendendo algo.

P: Você acha que o Nerd tem importância para a cultura jovem? Por quê e qual essa importância?
R: Tem muita importância. De certa forma, todo mundo é um pouco nerd (talvez ainda não saiba). Antigamente havia esse preconceito tolo para questões nerds, mas acho que isso tem sido deixado de lado cada vez mais. Esse tipo de universo envolve ciências, tecnologia e a cultura pop em geral, com atrações de cinema, seriados de TV e livros. Tudo isso pode ser divertido, basta encontrar os assuntos certos para cada um.

P: Qual o tipo de influência a cultura pop pode ter na vida de um adolescente?
R: A cultura pop consegue moldar toda a estrutura de um jovem, desde seu tipo de comportamento no dia a dia até seus gostos específicos em áreas como videogames e vestimenta. Os ídolos pop têm uma responsabilidade enorme em ditar certas modas e isso continua, com espaço para novos ícones, incluindo youtubers. O segredo das novas gerações é saber separar o que apenas é 'legal' e o que possui conteúdos relevantes.
P: Quando se trata do jovem, qual é o maior desafio para trazer a informação para esse público?
R: Lido com uma geração que tem todo tipo de informação de uma maneira extremamente fácil. Basta dois cliques no celular para você encontrar resposta para qualquer coisa, seja uma dúvida de português ou em relação a algum fato histórico. Acho que o principal acaba não sendo a informação passada, mas a forma como esse conteúdo chegará ao público. Não adianta eu fazer um texto escrito, corretamente e com toda a estrutura comum de um texto jornalístico. Acaba sendo uma abordagem muito chata. O formato tem que ser diferente, com gráficos, fotos, ilustrações e com números e termos em destaque. O apelo visual é muito levado em conta na hora de se montar as páginas dos cadernos.

P: Você sente que os jovens de hoje estão preparados para o futuro?
R: Não acho. Da mesma forma em que as informações são de fácil acesso, é preciso saber o que fazer com esse conteúdo na vida. É preciso incentivar os jovens a repensar a maneira como lidam com a informação, seja algum caso político que aparece no jornal ou um fato histórico importante visto durante a aula. Talvez a ideia de inteligência esteja mudando. O bom não é saber encontrar as coisas, mas saber utilizá-las.

P: Como a cultura jovem pode influenciar nos meios de comunicação?
R: A busca pelo interesse dos jovens pela comunicação existe há muito tempo. É um grupo muito poderoso e difícil de ser entendido. No jornalismo, por exemplo, há a preocupação de que as assinaturas de jornais pelos mais velhos não irá continuar nos próximos anos, pois os jovens não gostam de jornais. A era da internet reflete muito isso, sendo um novo mundo tomado por uma geração e ainda há dificuldade em lidar tanto com o público quanto com a plataforma. Os jovens preferem vídeos e nunca se apostou em produção audiovisual como agora.

P: Com os jovens, hoje em dia, usando a comunicação por mídias digitais, você acha que outros tipos de fontes de comunicação como o jornal por exemplo, vai perder a força entre a nova geração?
R: Já estão perdendo. Nunca se vendeu tão pouco jornal impresso como nos últimos anos. Jovens não ligam para jornais e revistas. Tudo parece girar entorno do audiovisual, com a TV e a internet no topo da atenção. Claro que os meios mais convencionais estão tentando se desdobrar para não ficara para trás, mas é complicado. Sem falar da questão do imediatismo que deixa o impresso sempre um passo atrás. O carinho que os mais velhos possuem pelas publicações quase não está sendo passado para as nova gerações.

P: Existe algum tipo de vantagem ou desvantagem em ser um Nerd aos olhos de um adolescente?
R: Hoje, ser nerd é muito popular. O 'boom'em torno do tema vem muito da descoberta do universo pop dentro dessa cultura. Ser nerd não é usar óculos fundo de garrafa, saber formatar computadores e ficar discutindo física. Isso pode ocorrer, mas há assuntos muito legais dentro disso tudo. O óculos pode gerar um estilo, o computador pode rodar games muito divertidos e a física falada pode ser a vista em filme de heróis nos cinemas. O problema para os nerds talvez seja a timidez, que faz com que não sejam simpáticos o tempo todo e possam passar a imagem de antipáticos ou estranhos. Como o tema está em alta nos últimos tempos, tudo isso tem dado confiança para quem se acha nerd.

P: Para finalizar, deixe um recado ou lembrete para quem é jovem.
R: Há quem diga que o potencial dos jovens está se perdendo por aí, mas acredito que é apenas questão de direcionamento. Dominar o mundo é questão de tempo, mas essa dominação deve ser preparada de uma maneira mais segura e menos 'natural' (porque nada cai do céu). Ser jovem é uma das melhores coisas da vida e vivemos em uma era muito legal para ter tanta energia e cabeça aberta.

Pessoal,  espero que tenham gostado da entrevista. Abaixo os links do D+ e do Diarinho até a próxima pessoal.





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